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Antes dos palestrantes apresentarem suas posições, o vereador Beto Moesch (PP), já conhecido em Porto Alegre pelo seu trabalho com o meio ambiente, lembrou que a temática do bem-estar dos animais começou a ser discutida na Câmara principalmente a partir de 2001, e que nossa cidade é pioneira em legislação de proteção aos animais, como a lei proibindo animais em circos, além da inclusão no orçamento municipal de verbas para esterilização.
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A primeira palestrante, Elizabeth Mac Gregor, gerente de desenvolvimento da World Society for the Protection of Animals (Soc. Mundial de Proteção aos Animais), apresentou a sua instituição, que está presente em diversos países, desenvolvendo programas para animais silvestres e domésticos e ainda funcionando também como uma espécie de "federação" de ONGs, profissionalizando-as. A palestrante ainda destacou a importância de se ter uma visão holística no que concerne os animais, ou seja, ver o todo.
A segunda palestra foi feita por Maria Luiza Nunes, da Coordenadoria Multidisciplinar de Políticas Públicas para Animais Domésticos, ligada ao Gabinete do Vice Prefeito. Eu já tinha conversado por telefone com a Malu, há cerca de um mês, e lembro que fiquei extremamente feliz quando ela me contou dos planos e projetos da sua Coordenadoria. Abaixo, um vídeo com um pedacinho da fala dela de ontem de noite:
Depois
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Finalmente, falou Renata Fortes,
advogada especialista em Direito Ambiental. O principal ponto que a palestrante levantou foi que se fala muito na defesa da fauna silvestre, mas poucos lembram que é a fauna doméstica que mais sofre: não vivem em seu habitat natural, estão sujeitos às violências das cidades, etc. Renata ainda comentou a legislação que protege o meio ambiente, com destaque para o Art. 225 da Constituição,
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"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."
O plenário Ana Terra, na Câmara, estava com um bom público para uma noite chuvosa e ventosa de terça-feira, e, no fim das palestras, as pessoas fizeram perguntas. Muitos veterinários e representantes de associações de proteção estavam presentes e contribuiram com o debate.
Acho importante este tipo de evento. Muitas vezes criticamos a "falta de mobilização" do poder público, mas nem sabemos o que está sendo feito, não vemos. Quando um assunto é público, ele naturalmente demora mais por questões legais (alguém sabe quanto tempo leva para uma Licitação ficar pronta?), mas não significa que as autoridades estejam paradas: "os animais tem pressa, muito mais pressa do que nós, porque estão em condições ruins, mas a máquina pública é muito devagar", disse ontem Maria Luiza Nunes. Porém, antes de criticar, de reclamar e de ir para a rua exigindo providências imediatas, devemos tentar conhecer o que já está sendo feito e, principalmente, coolaborar, pois só trabalhando juntos: público e privado, conseguiremos atingir objetivos bons para toda nossa sociedade. Como disse o vereador Beto Moesch (PP), "a gente tem que acreditar mais no Brasil". As coisas demoram, mas estão sendo feitas, e essa perspectiva de um futuro mais digno para os animais me motiva a continuar acreditando nas pessoas.
1 comentários:
Queria muito ter ido a essa palestra...espero que tenha outras, em lugares maiores e melhor divulgado. São idéias que precisam atingir um publico maior.
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