quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Seminário na Câmara de Porto Alegre discute o bem-estar dos animais domésticos

Aconteceu ontem, dia 6, na Câmara Municipal de Porto Alegre, o Seminário sobre o bem-estar dos animais domésticos, promovida pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam). Os palestrantes foram Elizabeth Mac Gregor, da Sociedade Mundial de Proteção aos Animais; Maria Luiza Nunes da Coordenadoria Multidisciplinar de Políticas Públicas para Animais Domésticos, Jairo Armando do Grupo de Trabalho para a regulamentação do Programa de Redução Gradativa dos Veículos de Tração Animal e dos Veículos de Tração Humana; e Renata Fortes, advogada especialista em Direito Ambiental.

Antes dos palestrantes apresentarem suas posições, o vereador Beto Moesch (PP), já conhecido em Porto Alegre pelo seu trabalho com o meio ambiente, lembrou que a temática do bem-estar dos animais começou a ser discutida na Câmara principalmente a partir de 2001, e que nossa cidade é pioneira em legislação de proteção aos animais, como a lei proibindo animais em circos, além da inclusão no orçamento municipal de verbas para esterilização.

A primeira palestrante, Elizabeth Mac Gregor, gerente de desenvolvimento da World Society for the Protection of Animals (Soc. Mundial de Proteção aos Animais), apresentou a sua instituição, que está presente em diversos países, desenvolvendo programas para animais silvestres e domésticos e ainda funcionando também como uma espécie de "federação" de ONGs, profissionalizando-as. A palestrante ainda destacou a importância de se ter uma visão holística no que concerne os animais, ou seja, ver o todo.


A segunda palestra foi feita por Maria Luiza Nunes, da Coordenadoria Multidisciplinar de Políticas Públicas para Animais Domésticos, ligada ao Gabinete do Vice Prefeito. Eu já tinha conversado por telefone com a Malu, há cerca de um mês, e lembro que fiquei extremamente feliz quando ela me contou dos planos e projetos da sua Coordenadoria. Abaixo, um vídeo com um pedacinho da fala dela de ontem de noite:




Depois foi a vez de Jairo Armando dos Santos, do Grupo de Trabalho para a regulamentação do Programa de Redução Gradativa dos Veículos de Tração Animal e dos Veículos de Tração Humana. Sabemos que um dos problemas mais graves de Porto Alegre são as carroças, não só pelos maus-tratos que passam os cavalos, mas também porque pessoas dependem desse trabalho, e é muito difícil fazer a remoção e recolocação destes catadores. Jairo apresentou os projetos do seu GT, que visam reinserir socialmente os carroceiros, sem que eles tenham que fazer uso dos cavalos no seu trabalho.

Finalmente, falou Renata Fortes, advogada especialista em Direito Ambiental. O principal ponto que a palestrante levantou foi que se fala muito na defesa da fauna silvestre, mas poucos lembram que é a fauna doméstica que mais sofre: não vivem em seu habitat natural, estão sujeitos às violências das cidades, etc. Renata ainda comentou a legislação que protege o meio ambiente, com destaque para o Art. 225 da Constituição,
"Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações."

O plenário Ana Terra, na Câmara, estava com um bom público para uma noite chuvosa e ventosa de terça-feira, e, no fim das palestras, as pessoas fizeram perguntas. Muitos veterinários e representantes de associações de proteção estavam presentes e contribuiram com o debate.

Acho importante este tipo de evento. Muitas vezes criticamos a "falta de mobilização" do poder público, mas nem sabemos o que está sendo feito, não vemos. Quando um assunto é público, ele naturalmente demora mais por questões legais (alguém sabe quanto tempo leva para uma Licitação ficar pronta?), mas não significa que as autoridades estejam paradas: "os animais tem pressa, muito mais pressa do que nós, porque estão em condições ruins, mas a máquina pública é muito devagar", disse ontem Maria Luiza Nunes. Porém, antes de criticar, de reclamar e de ir para a rua exigindo providências imediatas, devemos tentar conhecer o que já está sendo feito e, principalmente, coolaborar, pois só trabalhando juntos: público e privado, conseguiremos atingir objetivos bons para toda nossa sociedade. Como disse o vereador Beto Moesch (PP), "a gente tem que acreditar mais no Brasil". As coisas demoram, mas estão sendo feitas, e essa perspectiva de um futuro mais digno para os animais me motiva a continuar acreditando nas pessoas.

Dia Nacional de Adotar um Animal

Estamos na Semana dos Animais. Dia 4 de Outubro é o dia de São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, e em todos os lugares, estão acontecendo palestras, seminários, eventos, etc., sobre a situação dos bichinhos pelo planeta. Ontem mesmo, na Câmara Municipal de Porto Alegre, foi realizado o Seminário sobre o Bem-Estar do Animal Doméstico. Eu fui e ainda hoje quero botar alguma coisa aqui no blog, mas enquanto não coloco, vou copiar + colar uma notícia do Ambiente Brasil, onde Vininha de Carvalho, presidente da Fundação Animal Livre, comenta uma idéia criada por ela mesma, sobre o "dia nacional de adotar um animal".

Dia nacional de adotar um animal

Vininha F. Carvalho (*)

Todo mundo consegue fazer a diferença como um protetor dos animais, mas a dúvida é: como? Algumas posturas, que podem e devem ser adotadas em seu dia-a-dia tornarão suas atitudes produtivas. A vontade de ajudar nos impulsiona a levantar e ir a luta, não esperando apenas que as oportunidades cheguem até nós. Nos permite tomar iniciativas criativas e sensatas , compreender que a responsabilidade social é algo que precisa ser desejado e conquistado. A defesa do direito dos animais se faz estimulando a cidadania.

Agregar valores é uma proposta de aprendizado, é sinônimo de fortalecer e crescer. O dia 4 de outubro, é dedicado a São Francisco de Assis, o verdadeiro protetor dos animais. Não consigo vislumbrar, um dia melhor que este, para aproximarmos as pessoas dos princípios que envolvem a adoção responsável dos animais abandonados domésticos. O objetivo desta data, é permitir que as pessoas se envolvam com a causa dos animais, mantendo um contato próximo com os problemas mais viáveis de serem solucionados. A partir daí elas serão aos poucos envolvidas, e num processo natural de evolução, irão buscando resolver problemas mais complexos, que necessitam de conhecimentos mais aprofundados.

Precisamos conscientizar. Mostrar que o problema dos animais abandonados tem solução , que isto não está relacionado diretamente com a existência deles , por isto eliminá-los não resolve nada, precisamos sim, alterar a maneira que o ser humano os vê dentro da sociedade.É preciso mudar as atitudes para rever os conceitos.Eles são regidos pelas leis da natureza, onde lhes é concedido o direito á vida. O ser humano, criou tantas leis, que hoje esta perdido na sua essência. A partir do momento que as pessoas começarem a compartilhar riquezas interiores , aprendendo a SOMAR , tudo começara a mudar.

Analisando a "magia"escondida na palavra SOMAR, se invertermos as letras ficará RAMOS, que significa subdivisão do caule da árvore. São Francisco de Assis, representa aqui a árvore, a seiva, e o Dia Nacional de Adotar um Animal é um dos ramos, que irá florescer nos corações sensíveis, permitindo que os frutos sejam colhidos por todos que merecem cuidar da semente, gerando raízes profundas , possibilitando que os animais desfrutem de uma condição digna de vida na sociedade.

Adotar um animal exige responsabilidade do dono e um compromisso com a vida deste ser indefeso. O abandono precisa ser encarado como um ato desprezível.O trato dispensado ao animal caracteriza o perfil do caráter da pessoa que o adotou .

Eu idealizei esta data, que esta sendo comemorada pelo 9º. ano consecutivo, para incentivar a adoção dos animais abandonados. Existem muitos animais abandonados à espera da oportunidade de serem adotados . Uma chance de encontrar um lar , onde encontrará carinho e segurança . O Dia Nacional de Adotar um Animal, propõe que a adoção, seja vista como uma opção na hora de adquirir um animal, sem preconceitos. Neste dia também precisamos fazer um trabalho de conscientização, ressaltando a importância da posse responsável e da castração, como uma maneira de garantirmos o bem-estar dos animais.

Os protetores independentes e as entidades poderão neste dia realizar eventos de manifestação de apoio aos princípios da adoção e da posse responsável, e assim, marcar a sua participação neste processo de valorização do animal na sociedade.


Participe do Prêmio " Uma Boa Iniciativa Mobiliza";mais informações: www.animalivre.org.br


4 de outubro - Dia Nacional de Adotar um Animal

Plante a semente da caridade e colha os frutos do amor!

(*) Vininha F. Carvalho é ambientalista e presidente da Fundação Animal Livre.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Italianos tem quase 45 milhões de animais de estimação

Notícia sobre a relação dos italianos com os animais, publicada no informativo on line "Oriundi".
Crédito da foto: Soraya Bertoncello. Carnaval de Veneza 2009.

A propósito: pretendo, em breve, publicar algo escrito por mim mesma sobre o abrigo para gatos vira-latas que existe no centro de Roma, no Largo da Torre Argentina.


Italianos tem quase 45 milhões de animais de estimação

Os italianos têm paixões. E os animais de estimação estão entre as mais caras. Tanto que existe quase 45 milhões de animais vivendo nos lares do país. Mas, eventualmente, uma paixão supera outra e isso talvez explique o fato de que, somente em 2005, 150 mil animais tenham sido abandonados, especialmente no período de férias. Um ano antes, os dados oficiais constataram: 73 mil animais foram alvo de maus-tratos.

Os dados foram divulgados pela subsecretaria do Ministério da Saúde, Francesca Martini, durante um simpósio realizado em Roma sobre as relações entre os seres humanos e os outros animais. Na ocasião, Martini aproveitou para apresentar a lei que reconhece o direito à saúde a todos os animais, sejam domésticos ou selvagens, cães de rua ou cavalos de corrida. A nova lei, que assegura um nível de qualidade de vida para todos os animais que vivem na Itália, pretende unificar, harmonizar e disciplinar os diferentes códigos e normas sobre o assunto.

Na preferência dos italianos, ao menos em termos de números, os gatos superam os cães: 7, 5 milhões contra 7 milhões. Mas em termos de quantidade os peixes são os líderes: 15 milhões, vindo a seguir as aves, 12 milhões, além de 500 mil roedores.

Se superam os cães na preferência, a quantidade de gatos “vadios”, ou seja, sem dono, que vivem nas ruas, também é maior: 1,3 milhão contra 500 mil cachorros.

No Norte do país ocorre o maior número de queixas em relação a maus-tratos (27,5%), vindo a seguir o Centro, com 23,5%. A menor quantidade de ocorrências se dá nas ilhas, apenas 12%.

A Itália já exige que os proprietários instalem um chip em seus animais domésticos, e há um anagrafe para eles. A nova lei exigirá que as municipalidades disponham de instalações adequadas para recolher e tratar os animais de rua, e pretende evitar que os canis sejam campos de concentração. Além disso, prevê-se uma severa fiscalização nas clinicas e estabelecimentos voltados aos amigos do homem.


Publicado no Oriundi em 01.10.09


Britânica é acusada de negligenciar 99 cães São Bernardo

A versão da notícia que eu peguei e colei abaixo, publicada no UOL, omite o fato da mulher ser uma criadora (como se lê no site onde a notícia foi originalmente publicada, o site da Royal Society for Prevention of Cruelty to Animals - RSPCA)


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Uma mulher está sendo julgada no Reino Unido por causar sofrimento a 85 cães São Bernardo e por não conseguir cuidar de outros 14. A britânica Mary Ellen Collins, de 51 anos, declarou-se culpada na quinta-feira das acusações. Ela mantinha um canil em Brigstock, cidade da região central da Inglaterra.
O caso foi levado à Justiça pela RSPCA, a sociedade protetora dos animais na Grã-Bretanha. Os cães estavam sendo mantidos em canis cheios de urina e fezes e sem comida ou água. Alguns cães eram mantidos em áreas frias e escuras.

Alguns animais sofriam com problemas no pelo e infecções nos olhos e ouvidos. Três filhotes estavam subnutridos. Outro cão teve parada cardíaca e morreu. O caso foi descoberto em novembro do ano passado.

Segundo a RSPCA, os veterinários concluíram que a maioria dos cães foram negligenciados por meses. Collins alegou na Justiça que nunca teve problemas para cuidar dos animais em 30 anos de profissão, mas que recentemente problemas financeiros fizeram com que ela não conseguisse dar conta dos 99 cães que mantinha no canil.

O RSPCA já encontrou famílias que adotaram todos os cães.


Fonte: Uol
Publicado em 02.10