segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Italianos tem quase 45 milhões de animais de estimação

Notícia sobre a relação dos italianos com os animais, publicada no informativo on line "Oriundi".
Crédito da foto: Soraya Bertoncello. Carnaval de Veneza 2009.

A propósito: pretendo, em breve, publicar algo escrito por mim mesma sobre o abrigo para gatos vira-latas que existe no centro de Roma, no Largo da Torre Argentina.


Italianos tem quase 45 milhões de animais de estimação

Os italianos têm paixões. E os animais de estimação estão entre as mais caras. Tanto que existe quase 45 milhões de animais vivendo nos lares do país. Mas, eventualmente, uma paixão supera outra e isso talvez explique o fato de que, somente em 2005, 150 mil animais tenham sido abandonados, especialmente no período de férias. Um ano antes, os dados oficiais constataram: 73 mil animais foram alvo de maus-tratos.

Os dados foram divulgados pela subsecretaria do Ministério da Saúde, Francesca Martini, durante um simpósio realizado em Roma sobre as relações entre os seres humanos e os outros animais. Na ocasião, Martini aproveitou para apresentar a lei que reconhece o direito à saúde a todos os animais, sejam domésticos ou selvagens, cães de rua ou cavalos de corrida. A nova lei, que assegura um nível de qualidade de vida para todos os animais que vivem na Itália, pretende unificar, harmonizar e disciplinar os diferentes códigos e normas sobre o assunto.

Na preferência dos italianos, ao menos em termos de números, os gatos superam os cães: 7, 5 milhões contra 7 milhões. Mas em termos de quantidade os peixes são os líderes: 15 milhões, vindo a seguir as aves, 12 milhões, além de 500 mil roedores.

Se superam os cães na preferência, a quantidade de gatos “vadios”, ou seja, sem dono, que vivem nas ruas, também é maior: 1,3 milhão contra 500 mil cachorros.

No Norte do país ocorre o maior número de queixas em relação a maus-tratos (27,5%), vindo a seguir o Centro, com 23,5%. A menor quantidade de ocorrências se dá nas ilhas, apenas 12%.

A Itália já exige que os proprietários instalem um chip em seus animais domésticos, e há um anagrafe para eles. A nova lei exigirá que as municipalidades disponham de instalações adequadas para recolher e tratar os animais de rua, e pretende evitar que os canis sejam campos de concentração. Além disso, prevê-se uma severa fiscalização nas clinicas e estabelecimentos voltados aos amigos do homem.


Publicado no Oriundi em 01.10.09


2 comentários:

Unknown disse...

Como comentei contigo e mostrei aquele trecho de matéria da Revista dos Vegetarianos, a Itália parece bem atrasada nas leis de proteção animal...mas essa nova lei é boa, vamos ver no que vai dar.

Soraya disse...

Olha, não parece, é. Na verdade, é atrasada em muitas leis. Na verdade (2), a Constituição e as leis brasileiras que são super avançadas, por parível que increça. As pessoas gostam de defender o "primeiro mundo" sem saber de algumas coisas e não percebem como somos avançados em muitos sentidos.
Tanto é que, como tu podes ler aqui http://jornalismoviralata.blogspot.com/2009/08/la-mentalita-e-cambiata-italia-tera.html o código de direito dos animais deles AINDA VAI SER apresentado... e nós temos leis de defesa do meio ambiente desde 34.

Agora vai um Brasil sil sil por uma boa causa, mas essas boas causas não importam...bom mesmo é torcer pro Brasil ser hexa. :/